terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Dei ouro para o bem do Brasil - 1964"

O Cruzeiro - 13 de junho de 1964

Ouro para o bem do Brasil

São Paulo repete 32
Reportagem de José Pinto e José de Souza Mais de 400 quilos de ouro e cêrca de meio bilhão de cruzeiros foram doados ao Brasil pelo povo paulista e autoridades civis e militares, dentro da campanha, promovida pelos Diários Associados, “Ouro para o bem do Brasil”, como resultados das primeiras 2 semanas de vigília cívica que teve início às 18 horas do último dia 13. A campanha que é o primeiro grande movimento dos “Legionários da Democracia”, foi aberta com a presença do Senador Auro de Moura Andrade, presidente do Congresso Nacional, que recebeu do Sr. Edmundo Monteiro, diretor-presidente dos Associados paulistas, a chave do cofre em que seriam colocados o ouro e doações em dinheiro, para entregá-las, posteriormente, ao Presidente Humberto de Alencar Castello Branco. Inúmeras personalidades do Govêrno Federal compareceram ao saguão dos Diários Associados, durante a vigília cívica de 72 horas, para emprestar o seu apoio e fazer suas doações para a campanha do ouro. O Ministro do Trabalho, Sr. Arnaldo Sussekind, representante do General Amaury Kruel e diversas outras autoridades prestigiaram o movimento dos “Legionários da Democracia”. O Governador Adhemar de Barros doou, de livre e espontânea vontade, os seus vencimentos do mês de abril, num montante de 400 mil cruzeiros. Mais de 100 mil pessoas fizeram doações, que foram desde as mais modestas, até cheques de 10 milhões, dados por firmas, carros fornecidos pela indústria automobilística e inúmeras outras doações de grande monta. Os populares que doaram objetos de ouro de uso pessoal, tais como alianças, anéis e outros, receberam em troca uma aliança de metal, com os dizeres: “Legionários da Democracia”. A campanha deverá seguir, agora, depois da vigília que contou com os dois canais de televisão associados, em transmissão contínua, em ritmo normal na Capital, até o dia 9 de julho, quando começará a peregrinação pelo interior do Estado.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Origem da cidade - 1877


"Vejamos, a seguir, alguns apontamentos históricos a respeito de Sete Barras, publicados em antigos jornais de Iguape:

1877 - Maio - Estrada das Sete Barras a Itapetininga. Esta estrada, onde o governo provincial já despendeu não pequena somma, continua a prestar livre e facil transito entre a população desta comarca e a do ponto terminal da estrada, em serra acima, (...)
1877 - Agosto - Começou-se a abril uma estrada entre as Sete Barras e Itapetininga, ligando a Ribeira a esta última localidade, e mal a população de Paranapanema teve notícia de que o "picadão" aberto ia ser convertido em estrada e que para alli tinha ido engenheiros americanos, logo alguns homens activos fizeram uma picada a entroncar naquela das Sete Barras.

O povo da Ribeira alimentou gratas esperanças; o ponto das Sete Barras tornou-se um pequeno Cubatão, erigiram-se alli boas casas de morada e negócio, fundaram uma capella e tudo promettia bons resultados. (1877).
O que afinal sucedeu foi que o governo dispendeu grande sommas, em puro prejuiso, porque engenheiros e trabalhadores americanos, não tendo interesse algum e vendo seus compatriotas reemigrarem, para os Estados Unidos, pouco se importaram com os trabalhos de que haviam sido incumbidos.

Posteriormente foi encarregado o Capitão Amado Goulart de ultimar a estrada; alli esteve este cidadão alguns mezes e teve de recomeçar tudo, porque a picada já pouco se conhecia.

Ainda após foi incumbido J.C.Toledo Junior de continuar as obras e conseguiu preparar o leito da estrada desde a capella das Sete Barras, na barranca da Ribeira, até a 1ª secção da serra do Quilombo, (...).

Mas o Governo Provincial mandou suspender as obras da estrada, apesar de José Carlos de Tolledo Júnior ter feito um bom trabalho."


Analisando estas notícias históricas, podemos concluir que a Fundação de Sete Barras ocorreu pouco antes de 1877. Surgiu ela não em função do rio, mas da estrada que se projetava construir, ligando Sete Barras a Itapetininga.

Trecho extraído do livro A Vila de Prainha, de Paulo de Castro Laragnoit (1984).

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Cinquentenário da Colonização Japonesa em Sete Barras

Aqui está a página inicial do Livro de Visitas do Cinquentenário da Colonização Japonesa em Sete Barras.

E aqui a medalha comemorativa.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Mapa da Revolução Constitucionalista de 1932

Mapa da frente Norte dos combates da Revolução Constitucionalista de 1932. Sete Barras aparece no canto inferior esquerdo do mapa.
Mapa do Estado de São Paulo (1925)


Mais um mapa, desta vez do Estado de São Paulo, datado do ano de 1925. Na parte de baixo é possível identificar o nome da cidade de Sete Barras.
Mapa do Estado do Paraná (1911)


Mapa do Estado do Paraná, do ano de 1911, no qual, no canto superior direito, aparece parte do Estado de São Paulo. A cidade de Sete Barras aparece neste mapa, como mostra a ampliação abaixo:

Isso mostra que a cidade é uma das mais antigas do Vale do Ribeira.

CHEGADA DA IMAGEM DE N.S. DO CARMO EM SETE BARRAS


Extraído do Livro Tombo do Município de Sete Barras, escrito pelo Padre Joaquim Ximenes Coutinho, com base no Livro Tombo do Município de Xiririca (nº 2, folha 20), e mantendo-se a grafia original de ambos: Livro nº 2, fl. 20 (Tombo de Xiririca)
“Chegada da Imagem de N.S. do Carmo em Sete Barras. Acho necessário também consignar neste livro as solennes festas celebradas em Sete Barras filial d’esta Paróchia, na ocoasião da chegada da nova Imagem de Nossa Senhora do Carmo. Na freguesia de Sete Barras dedicada ao Divino Espírito Santo e a São João Batista, não existia alguma devoção à Virgem Santíssima. Reuni alguns bons católicos e fiz a elles presente a necessidade de acquistar uma Imagem de N.S. para promover a devoção a N.Senhora e inculchei a elles a idea da Virgem do Carmelo. Aceita a proposta, nos últimos dias de Fevereiro do corrente ano passo a ser uma realidade e no dia 24 Março (sic) teve lugar o solenne transporte da dita Imagem. A Imagem de N.S. do Carmo com o Menino Deus nos braços é muito perfeita. Duas lindas coroas de metal prateado com pedras úngem as sagradas frentes da Imagem que foi benta na manhã do dia 24 na Matriz de Xiririca e depois em uma balsa ornamentada ricamente e rappresentante uma capela com colunas e cúpola, foi com extraordinário acompanhamento conduzida até Sete Barras. – O trajecto foi imponente e a viagem no rio Ribeira foi feita em sete horas. – O povo Sete-Barrense recebeu com verdadeiro delírio a sagrada Imagem e desde os mais velhos abitantes (sic) da freguezia, dizião chorando que nunca tinhão assistido a festa tão linda e imponente. – Xiririca, 10 de Setembro de 1900. Pe Victório Maria Peyla.”