segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Origem da cidade - 1877


"Vejamos, a seguir, alguns apontamentos históricos a respeito de Sete Barras, publicados em antigos jornais de Iguape:

1877 - Maio - Estrada das Sete Barras a Itapetininga. Esta estrada, onde o governo provincial já despendeu não pequena somma, continua a prestar livre e facil transito entre a população desta comarca e a do ponto terminal da estrada, em serra acima, (...)
1877 - Agosto - Começou-se a abril uma estrada entre as Sete Barras e Itapetininga, ligando a Ribeira a esta última localidade, e mal a população de Paranapanema teve notícia de que o "picadão" aberto ia ser convertido em estrada e que para alli tinha ido engenheiros americanos, logo alguns homens activos fizeram uma picada a entroncar naquela das Sete Barras.

O povo da Ribeira alimentou gratas esperanças; o ponto das Sete Barras tornou-se um pequeno Cubatão, erigiram-se alli boas casas de morada e negócio, fundaram uma capella e tudo promettia bons resultados. (1877).
O que afinal sucedeu foi que o governo dispendeu grande sommas, em puro prejuiso, porque engenheiros e trabalhadores americanos, não tendo interesse algum e vendo seus compatriotas reemigrarem, para os Estados Unidos, pouco se importaram com os trabalhos de que haviam sido incumbidos.

Posteriormente foi encarregado o Capitão Amado Goulart de ultimar a estrada; alli esteve este cidadão alguns mezes e teve de recomeçar tudo, porque a picada já pouco se conhecia.

Ainda após foi incumbido J.C.Toledo Junior de continuar as obras e conseguiu preparar o leito da estrada desde a capella das Sete Barras, na barranca da Ribeira, até a 1ª secção da serra do Quilombo, (...).

Mas o Governo Provincial mandou suspender as obras da estrada, apesar de José Carlos de Tolledo Júnior ter feito um bom trabalho."


Analisando estas notícias históricas, podemos concluir que a Fundação de Sete Barras ocorreu pouco antes de 1877. Surgiu ela não em função do rio, mas da estrada que se projetava construir, ligando Sete Barras a Itapetininga.

Trecho extraído do livro A Vila de Prainha, de Paulo de Castro Laragnoit (1984).

Um comentário:

  1. É um absurdo não construirem uma rodovia pesada entre Sete Barra e Miguel Arcanjo.
    Seria uma forma correta de interligar o interior de São Paulo a BR 116 c/ baixo custo e desafogando assím a BR 116 em sua região de serras.

    ResponderExcluir